Mas torço pra que seja somente uma fase.
A gente vive em um mundo que o coletivo se faz importante todos os dias. E eu sei disso. Eu sei porque mais de uma vez eu tentei imaginar um mundo de uma pessoa só quando escutava a frase “fulano acha que não precisa de mais ninguém pra viver”. Acho que todo mundo sabe que a gente precisa de todo mundo, até aquela pessoa que nos enche o saco, fazendo assim nossa vida mais… digamos… interessante(?).
Só que o fato é que hoje eu não quero falar do coletivo e não quero que ninguém leia esse texto pensando que eu sou o fulano do parágrafo a cima. Eu quando de TPM, além de chorar, ficar braba e irritada com qualquer coisinha, filosofo muito sobre minha vida. Nessa semana eu estou em uma viagem com a minha família e ela está sendo totalmente oposta do que eu esperava. Eu não fiz expectativas, mas como eu já tinha vindo pro destino a anos atrás, eu sabia como seria o lugar (lindo e com calor), então fazia uma ideia de como seria. Só que não foi. Não foi porque a companhia me irritava. Não foi porque parecia que tudo estava atravessado desde que saímos de Porto Alegre.
Com todas essas coisas na cabeça, comecei a ver quem ficava perto de mim e porquê. Nesse caso aqui é: ninguém. Eu fico a maior parte do tempo isolada no meu mundo e quem convive comigo já sabe que isso é normal. E ninguém se importa mais. Quando eu tento quebrar esse meu casulo, sempre acontece alguma coisa que me incomoda. Vamos então parar com esse erro bobo e encarar que eu funciono melhor sozinha?!
Eu fui pra Europa sozinha e foi a melhor coisa que eu fiz em toda minha vida. Eu fui no cinema semana passada sozinha e me senti MUITO bem. Eu vou caminhar na ciclovia da minha cidade sozinha e isso me deixa muito feliz. E afinal, qual é o problema de se sentir feliz sozinha?
Hoje o mundo já é superficial o suficiente para as pessoas pensarem que ganhar curtidas preenche mais do que uma conversa com amigos. É superficial pelas pessoas não se sentirem mais a vontade com suas próprias vidas e acharem que precisam ficar provando para o mundo em redes sociais o quanto suas vidas são felizes. Isso me incomoda de um jeito… Eu sei que eu compartilhei bastante da minha viagem no blog e no canal, mas o intuito não era a exibição, mas sim o registro, foi algo muito importante pra trazer só em fotos. Tanto que eu me dei conta de que não compartilhei nem a metade das minhas fotos nas minhas redes sociais.
Voltemos ao ponto onde eu não me incomodo em ser e ficar sozinha. Deve ser um fase. Das boas viu?! Pois eu nunca me senti tão eu quanto agora. Não sei se por causa do intercâmbio, não sei se por causa da chegada dos 20 anos. Ou também, não sei se por causa de toda encheção de saco das pessoas em minha volta achando que eu sempre tenho que estar grudada em alguém.
Esperem e vejam bem. Eu não abomino companhia, só não acho justo ter que sempre ficar esperando de alguém a minha felicidade. Me poupem, não vivo num faz de conta onde eu precisa ficar esperando meu príncipe encantado pra viver um “felizes para sempre”. Nasci no século XXI.
Um beijo e obrigada de alguém bem confusa.
Sabrina de Lima.